QUAL FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VOCÊ SE LIBERTOU?
Pare para pensar um minuto, agora me responde quantas de suas escolhas foi apenas por você? Qual foi a ultima vez que você foi “apenas você”, sem vestígios de opiniões de outros? Qual foi a ultima vez que você decidiu fazer algo sem ao menos pensar que existe pessoas a te olhar e comentar? (pausa dramática)
Talvez nunca nos libertamos totalmente, até enchemos a cara as vezes e ficamos loucos, fazemos e dizemos tudo que temos vontade, mas porque só sobre o efeito do álcool? Perder a sanidade por algumas horas por vontade própria é tão arriscado assim? Vontades, somos feitos delas, a maioria dos teus pensamentos que te tira o sono na madruga é por causa das vontades, mas não são aquelas que você fala pra todo mundo, não são as que enche tua família de orgulho, são aquelas que te definem. Nós mostramos a sociedade a nossa versão anjo, aquela em que todos se orgulham, e os “loucos” que ousam expor sua parte cheia de vontades são os famosos “revolucionários”, os que conseguem um feito que é raridade, sair do comodismo, saber que vai ser muito julgado por suas decisões, mas preferir ser suas vontades por inteiro e não a vontade de terceiros.
Penso em me libertar todas as noites, mas quando amanhece o dia não tenho coragem de decepcionar quem amo, não aguentaria ver os olhinhos de quem amo vendo que não sou o que eles idealizam de mim, sim! Sou uma covarde! Sei disso, mas todas as noite tomo minha dosagem de coragem, mas pela manhã o efeito já passou, então vou vivendo assim, até o dia em que sem querer eu tome uma overdose e me liberte.
Então que eu me liberte, mas essa liberdade sob o efeito de alucinógenos não me interessam, não me traz alegria, o que eu quero pra mim ainda não tem nome, desejo sair desses trilhos que me prendem, acho só quando eu perder essa linha certinha é que vou descobrir que sou livre: livre pra ir a qualquer lugar, livre pra ser quem eu quiser, uma liberdade tão grande que eu decida ser eu mesma.