A SOCIEDADE TOMA UM PORRE TODOS OS DIAS
Todo dia um porre diferente! Um homem bebeu todas, ‘esculhambou’ tudo e fez o que todo porre causa. Todo mundo viu, todo mundo riu, todo mundo julgou, mas quem perdoou? Pena deste que não tem o homem de Nazaré para se colocar na frente e mandar atirar a primeira pedra aquele que nunca pecou. Então eu fico pensando qual o tamanho dessa pedra? Uma pedra leve, uma pedra pequena, uma pedra grande? Fico imaginando o quão terrível seria essa pedra se ela fosse do tamanho dos nossos erros. Já pensou? Uma pedra tão grande quanto o número de vezes que nós furamos uma fila, tão grande quantas vezes votamos numa eleição e pouquíssimos meses depois não lembramos do sujeito – quero nem pensar nessa pedra se ela aumentar por cada R$ 50,00 que recebemos de um deputado. Valha-me Deus e não deixe que essa pedra seja do tamanho das vezes que passamos na frente dos amigos por interesse próprio, das vezes que pescamos na prova e nos sobressaímos daqueles que tanto estudaram, das vezes que escondemos a verdade ou até mesmo mascaramos-la. E até das vezes que dirigimos errado e erramos mais ainda quando pagamos o lanche dos guardas de trânsito.
Com tudo isso, somos uma sociedade que não suportamos o erro alheio. Mas a grande questão sempre foi como fazer para permanecer com o nosso telhado intacto. Afinal, já dizia nosso amigo Newton: para toda ação existe uma reação. Assim como para toda pedra lançada existe uma pedreira para desmoronar em nosso teto cada vez mais frágil, se ele ainda existe, claro. Poderíamos usar essas pedras para fazer um forte e nos esconder dessa sociedade toda rachada. Contudo, como nos escondermos de nós? EITA, PISEI NO CALO!
Mas se é para o bem geral da nação: eu digo! Digo que o que falta é um coisa chamada compaixão. E olha que teve um cara que sempre pediu que a gente praticasse isso. Mas do jeito que andamos, talvez nem saibamos mais definir:
Mas vamos seguindo, tentando recolher os cacos de vidros dos nossos tetos. E, principalmente, tentando para de depender da compaixão alheia. Afinal, a questão aqui não é defender o erro, mas escancara-los e mostrar como temos um caráter tão frágil quanto a tela do nosso Smartphone.